quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mito das Orquídeas e o Parasitismo

Mito 

Desculpe mais preciso tentar acabar com este mito que as orquídeas são parasitas de arvores, isso não é verdade não. Explico porque! A familia das orquídaceas são separadas em três tipos de hábitos de vida que os são: terrestre, epifitismo e rupícula. Que no caso em questão seria o epifitismo que é algo comum nas florestas tropicais, onde a competição por luz e espaço não permite que plantas herbáceas prosperem sobre o solo. Desta forma, certas espécies que conseguiam germinar sobre a casca das árvores devido o processo evolutivo de milhares de anos se alojaram acima do nível do substrato "solo" e hoje são encontrados milhares de espécies com este hábito que nada mais é que se fixam no súber “casca” tecido superficial dos troncos e galhos de uma arvore para receber mais luz solar e umidade com mais facilidade do que se tivessem diretamente no substrato. Dispõem de sistemas específicos para absorver umidade do ar e extração de alimento e sais mineral que é retirando da poeira que recai sobre si e absorvendo a matéria orgânica em decomposição disponível. As raízes possuem um tecido esbranquiçado composto de células mortas chamado de velame aonde é encontrado um fungo microscópico conhecido como micorrizas, seres saprofíticos que se encarregam de transformar a matéria orgânica morta em sais minerais, facilitando a absorção para a orquídea e em troca o fungo recebe seiva elaborada cheia de açúcar este processo na natureza é conhecido como simbiose associação de dois organismos que vivem em comum acordo.
Resumindo o vegetal que possui habito de epifitismo e suas raízes superficiais não absorvem a seiva bruta nem elaborada da planta hospedeira por isso não há qualquer relação de parasitismo. Ou seja, a presença de epífitas não prejudica o hospedeiro tanto que se a arvore morrer e tiver na mesma orquídeas que toleram sol pelo, elas continuaram sua vida sem qualquer problema.
A incidência de espécies epífitas diminui à medida que se aumenta a distância para a
 linha do Equador, ou afasta-se das florestas úmidas para áreas mais secas.
As orquídeas tem cerca de 800 gêneros e 35.000 espécies e aproximadamente 100 híbridos que estão presentes em todos os continentes. Alguns exemplos de epifitismo são: orquídeas, bromélias, samambaias, costela de adão, cactos entre outras.


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domingo, 8 de agosto de 2010

Adubação Química

Principais Nutrientes

Macro nutrientes primários
N = Nitrogênio
P = Fósforo
K = Potássio

Macro nutrientes secundários
Ca = Cálcio
Mg = Magnésio
S = Enxofre

Micro nutrientes
B = Boro
Cl = Cloro
Zn = Zinco
Cu = Cobre
Fé = Ferro
Mn = Manganês
Mo = Molibdênio

Nunca misture os adubos, pois alguns elementos químicos são incompatíveis ou reagem entre si. Caso a opção de adubar for com macro nutrientes na próxima vez, intercale com micro nutrientes e assim por diante.
A porção usada normalmente é um litro de água a cada colher de sopa do adubo, uma vez por semana ou mês. Caso for aplicar todo dia dilua uma colher do adubo em dez litros e aplique após rega é indicado seguir sempre as informações do rotulo do fabricante, desta forma terá menos risco de acontecer um desequilíbrio na adubação.
Na falta dos macros e micro nutrientes sua orquídea terá seu crescimento alterado, com características prejudicadas, como enrugamento do pseudobulbo, amarelamento, nanismo e pode ficar suscetível a doenças e pragas etc.
Para sua orquídea ter boa saúde, adube com fatores equilibrados para manutenção tipo ( N-P-K ) 30-30-30, 20-20-20 ou 10-10-10. Os números que acompanham as letras representam os fatores isto é a porcentagem contida em cada elemento químico.

Observação:

  •  A escolha da marca, preço, freqüência e tipo de adubo fica a escolha, mais afirmo que o cultivo das orquídeas possuem varios interferentes e adubação tem um grande papel nisso
  • Tanto a falta com o excesso de adubo ocasionam futuros problemas se mal administrados. 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Como Esterilizar Substrato

Como Esterilizar o Substrato

Primeiramente pegue um recipiente de plástico que suporte alta temperatura e de preferência com tampa. Coloque o substrato a ser esterilizado no mesmo. O substrato tem que ficar um palmo abaixo da borda do recipiente.
A medida usada é duas colheres de sopa de cloro liquido ”água sanitária” para cada litro de água. Como proceder: colocar no recipiente somente o substrato e em seguida despeje o cloro.

Modo de preparo

Ferver a medida de água ate levantar fervura, antes de desligar, esperar mais cinco minutos. Após isso jogar a água no recipiente aonde se encontra o substrato já com o cloro e fechar o mesmo. Após isso esperar cerca de 30 minutos. Quando acabar este processo lavar o substrato cerca de cinco vezes antes de usar, para retirar o cloro.

Observação

Se perceber que o substrato esta com cheiro muito forte de cloro, jogue no recipiente novamente e coloque o equivalente de água a mesma quantidade de álcool 92 volumes e deixe de molho por cerca de 20 minutos. Após ter feito isso lavar o substrato novamente três vezes para a retirada do álcool.

Atenção Informações Indispensáveis Leia Antes de Fazer

• Não deixar o cloro no sol, pois o mesmo é fotossensível e perderá o seu efeito ativo.
• Não utilizar este processo em recipiente metálico junto com o cloro, pois estará provocando uma reação em cadeia dentro do recipiente.
• Cuidado durante a esterilização para não inalar o gás de cloro, quando é colocado a água fervente, pois é tóxico. Por este motivo se usa a tampa.
• Nunca utilize o substrato sem esterilizar, pois o mesmo vai acabar prejudicando o crescimento de sua planta ou ate provocando sua morte.

Sugestão de Cultivo

O Cultivo
Material do Orquidário Mania de Verde

Taxonomia *
Classificação Científica

REINO      Plantae
FILO         Magnoliophyta
CLASSE   Liliopsida
ORDEM   Asparagales
FAMILIA Orchidaceae
SUBFAMÍLIAS

Apostasioideae
Vanilloideae
Cypripedioideae
Orchidoideae
Epidendroideae


GÊNERO
Nome da Planta**
ESPÉCIE
Sobre Nome ***

* Taxonomia, classificação ao qual qualquer organismo é divida através da sua morfologia e filogenia ou exames mais apurados como genética, dai verifica ao qual táxon vai pertencer. Neste caso o mesmo sentido, que o termo não usual classificação científica.

** Gênero se refere o nome da planta verdadeiro o qual se consegue informações científicas em todo o mundo. Ex Cattleya, Laelia, Dendrobium.

*** Espécie se refere ao sobrenome ao qual possua característica exata "especifica" tipo cor nas orquídeas ex. Cattleya labiata, Laelia tenebrosa, Dendrobium nobile.

Regas de Nomenclatura

O nome científico deve conter duas palavras o primeiro é o epíteto genérico e o segundo é o epíteto especifico, ambos devem ser em latim. O nome do epíteto genérico deve sempre começar com a letra maiúscula e do epíteto especifico deve ser minúscula isso é regra.
Existem 35 mil orquídeas espalhadas pelo o mundo, sem contar os híbridos “Cruzamentos” que são mais alguns milhares.
A classe das orquídeas comparada com outras plantas é a maior, por este motivo foi dividida em uma família inteiramente para elas.
A maioria das orquídeas possui seus órgãos reprodutores na mesma flor, mais existem exemplares que possuem sexos separados em flores distintas.
Não existe orquídea parasita ao contrario do que se pensa o epífitismo é um tipo de habito de sobrevivência, isto é, não necessita da árvore viva, mas sim ao meio ambiente onde se encontra.

Comprando sua Orquídea

Antes da compra é muito importante saber o nome da sua orquídea, para se estabelecer condições mais favoráveis ao cultivo é bom verificar se a orquídea aparentemente apresenta uma boa saúde, sua coloração deve estar verde claro, isto é nem muito escuro tipo garrafa e de forma alguma amarelado puxando para o castanho.
Não deve possuir, pintas escuras, pontos estilo ferrugem ou manchas esbranquiçada em nenhuma de suas partes.
No pseudobulbo próximo ao rizoma procure localizar a gema que fica na lateral do mesmo. Sua cor deve ser verde, normalmente a gema é coberta por um tecido que protege a parte externa. Retire o tecido de proteção tomando cuidado para não deslocar a gema, pois a mesma que vai gerar outro pseudobulbo.
Caso você queira comprar uma orquídea que possui doenças ou pragas não misture com as outras antes de tratá-la para evitar possíveis problemas futuros com as outras.
Não fique mudando sua orquídea de lugar, procure achar o local mais indicado. Colocá-las em um local arejado, onde não fique esbarrando ou batendo. Estas medidas preventivas são evitar possíveis machucados ou até o estresse da planta. Toda orquídea que foi machucada ou já pegou doença vai ficar com marcas, pois o local afetado não se regenera mais.
Toda orquídea tem um tempo de ambientação no local novo por isso, procure acompanhar seu desenvolvimento e coloração.
De uma maneira geral aconselho iniciar com plantas menos exigentes ao cultivo, as de fácil aquisição, além de serem lindas, são bem ornamentais.

A família da orquídea se divide em três principais hábitos.

Epífita: É a maior parte das orquídeas. São encontradas na natureza grudadas em troncos de árvores buscando o sol e se nutrindo do material absorvido pelo ar e da decomposição da matéria orgânica.

Terrestre: São as que vivem como plantas comuns na terra ou como trepadeiras. Mas é uma porcentagem muito pequena em relação às epífitas.

Rupícola: Vivem sobre as rochas agarradas em fendas com liquens, folhagens e musgos.

Luminosidade e Temperatura

Para obter sombreamento adequado podemos mante-las amarradas no tronco de uma árvore, porém depende do tipo de árvore e de quanto sombreamento cada gênero necessita. Algumas não toleram sol direto, dependendo do local pode-se adotar o uso de um sombrite 50%.
Toda orquídeas tem a sua particularidade e cuidado especifico. Por exemplo: algumas necessitam de sol pleno, outras de sol no começo da manha ou no final da tarde e outras somente claridade, ao longo do dia.
As orquídeas conseguem se desenvolver com temperatura entre 15°C a 35 °C e luminosidade em torno de 50%. Outro fator importante, se a temperatura subir acima do especificado anteriormente ela provavelmente vai desidratar e se a temperatura for inferior ela vai entrar em dormência, possivelmente terminado em morte.

Rega e Floração

Quando regar, molhe bastante o vaso para que o mesmo fique inteiramente molhado, nunca faça a rega quando o sol estiver forte, pois assim poderá provocar um choque térmico.
A regra não pode ser feita todo o dia, assim deve ser feita de 2 a 3 vezes por semana. Não esqueça, é mais fácil matar sua orquídea por excesso de água que por falta, porem não fique com receio de regar e acabar no esquecimento.
A orquídea não deve ficar exposta à chuva por tempo superior a 2 dias seguidos, não pela a chuva, mas assim pela possibilidade de afogar sua planta (isso se ela estiver no vaso) caso não estiver não precisa se preocupar.
Marque sempre a época que sua orquídea esta em floração, pois a aproxima floração será após um ano na mesma estação. Caso isso não ocorra ficará mais fácil descobrir a motivo da falta de floração.
Para ajudar a estimular a floração é indicado diminuir a rega e adubar três meses antes da floração, usando adubo com maior fator de fósforo (P). Alem de ajudar a estimular a floração sua orquídea terá uma florada mais vistosa.

Conceitos Gerais

As oequideas apresentam crescimento contínuo ou sazonal, simpodial ou monopodial, agrupado ou espaçado, ascendente ou pendente, aéreo ou subterrâneo, de maneiras muito diversas e adptativas.
As orquídeas não apresentam raízes primárias, que são raízes centrais principais de onde brotam outras raízes secundárias, mas apenas as raízes secundárias as quais brotam diretamente do caule e ocasionalmente de outras raízes. Frequentemente servem de depósitos de nutrientes e água e ajudam as plantas a reterem e acumularem de material nutritivo que se deposita em suas bases. Em alguns casos são também órgãos clorofilados capazes de realizarem fotossíntese durante os períodos em que as plantas perdem as folhas.
Sobre adubação é sempre bom pelo menos uma vez ao mês ter esta rotina, a falta e excesso do adubo é prejudicial para sua planta nem por isso não deixe de adubar e siga sempre as recomendações do fabricante. Enquanto a rega é suficiente duas vezes na semana é o bastante.

Sustentabilidade

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.
A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.
Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em vista 4 requisitos básicos:

• ecologicamente correcto;
• economicamente viável;
• socialmente justo;
• culturalmente aceito.

Um exemplo real de comunidades humanas que praticam a sustentabilidade em todos níveis são as ecovilas.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Reportagem Dr.das Orquídeas Diário de Guarulhos

Reportagem

Domingo dia 20 de dezembro de 2009 - Jornal Diário de Guarulhos.

Especialista dedica seu tempo para recuperar plantas doentes

Estudante de Ciências Biológicas dedica parte de seu tempo a um viveiro de mudas que mantém na própria casa

Tatiana Cavalcanti
Da Redação

As orquídeas são plantas sensíveis, demoram de três a sete anos para se desenvolverem por completo e demandam muitos cuidados. Qualquer falta de atenção pode ser fatal. O que poucos sabem é que existem profissionais especializados em recuperar essas plantas, os médicos de orquídeas.
Em Guarulhos, o estudante de Ciências Biológicas, Denis de Nóbrega Antoniassi, 30 anos, residente em Guarulhos que dedica parte de seu tempo a um viveiro que mantém na própria casa. Lá, ele cultiva uma de suas paixões as orquídeas.
Quando perguntado o que as orquídeas têm de especial, ele responde: "Elas possuem todos os tipos de hábitos possíveis para uma planta e são extremamente interessantes, necessitam de cuidados para florirem e para terem boa saúde, principalmente quando o orquidófalo (especialista em orquídeas) possui um número significativo como eu e cultiva as espécies no mesmo local, pois cada uma tem sua particularidade e cuidado específicos".
Essa história começou quando Antoniassi tinha apenas 1 ano e já teve contato com as plantas dos avós, que moravam em Atibaia, interior de São Paulo. A avó, especificamente, adorava cultivar orquídeas. "Foi lá que aprendi a mexer com terra, plantar e amar a natureza".
As orquídeas nunca despertaram a atenção de Antoniassi, mas quando a avó morreu, ele se preocupou em manter e recuperar o que ela havia cultivado. "Foi aí que começou minha história com as orquídeas", afirma Antoniassi, que se dedica a essas plantas há 10 anos. Daí para a faculdade de Ciências Biológicas foi um pulo.
Antoniassi tem um canto para suas plantas, o "Orquidário Mania de Verde", que funciona na laje da casa dele.
As encomendas que recebe são de pessoas que o conhecem ou que o indicam. Nessa primeira década dedicado às plantas, o "doutor das orquídeas" afirma ter salvo, em média, 50 exemplares. Quando entrega a sua "paciente" de volta aos donos, Antoniassi afirma que eles ficam bastante contentes. "A maioria fica impressionada em ver a sua planta com outro aspecto depois de tanto tempo, pois os cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) variam entre um e quatro meses".
Antoniassi cuida também de outros tipos de planta, como bromélias, cactos e suculentas e outras flores diferentes. "Mas em primeiro lugar, minha paixão e vício são as orquídeas".
Para ele, as orquídeas são como filhas e ele não pretende abandonar esse hobby. "São minha fonte de distração, enchem meus olhos com alegria, exuberância e surpresas, principalmente quando florescem. Elas já me salvaram numa época que estava com depressão, por isso não largo minhas filhas, possuo mais ou menos 300 espécies entre nacionais e importadas".

Terapias salvam as orquídeas

Denis Antoniassi explica que primeiro é preciso verificar se há a possibilidade de salvar a planta para daí traçar o caminho a ser seguido.
Uma possibilidade, segundo ele, é retirar as orquídeas do local em que estão para verificar se suas raízes estão doentes ou com pragas. "Se for por estes motivos, normalmente é mais fácil, pois a coloco submersa no hormônio específico para estimular o sistema radicular e depois salpico canela em pó em cima, que é bactericida e ajuda a selar as portas de entrada de micro organismos", explica Antoniassi. Depois disso, o especialista em orquídeas as replanta em vaso com substrato apropriado e esterilizado. "Fico de olho todo dia até eu verificar uma melhora na orquídea, pois seu metabolismo é muito lento".
Outra alternativa, segundo ele, seria fazer uma espécie de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) usando saco plástico imitando um micro cosmo com auxilio da claridade, hormônio e substrato. "Cuido até ter uma melhora ou um brotamento da gema. Depois retiro do saco e volto a plantar em vaso", afirma Antoniassi.